Os risos
andam no ar. Gargalhadas fazem-se ouvir e as mãos agitam-se em brincadeiras de lançar os papagaios, em
esburacar o chão para fazer as covinhas para o jogo do berlinde, em lançar o
ringue, em saltar à corda.
Todos os
dias, corridas, saltos, pulos, esconde e apanha, na rua, lugar de peleja, de
zangas e de medir forças. Todos os dias eram
teus.
Brinquedos,
tinha-los feitos por ti e recebias um carrinho ou uma boneca em alturas
especiais, como no dia do teu aniversário ou no dia de Natal e a alegria era
muita e as gargalhadas faziam-se ouvir. Todos os dias eram teus.
A mãe, o
pai, os avós, os tios, os primos beijavam-te, acarinhavam-te, brincavam juntos,
cada um à sua maneira. Havia gargalhadas no ar. Todos os dias eram teus.
Hoje, só há
um dia que é teu. Porquê, criança? Quando tu és criança todos os dias!
Vamos jogar ao faz-de-conta e permitir que, neste dia, os adultos soltem a
criança que vive aprisionada dentro de si e possam correr livremente pelos
verdes campos, gritar aos pássaros, fazer carreirinhas nas frescas ondas, jogar
ao berlinde e ver desenhos animados na TV. Brincar com vocês, as crianças que ainda o
são na realidade em todos os dias que são vossos. Deixemos os adultos serem crianças no chamado Dia da Criança.
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